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Plant Shadow
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CAPÍTULO SEGUNDO - COL.MATHILDE

Partituras em clave de sol.

 

Cecília Meireles foi talvez uma das minhas primeiras descobertas com a poesia.

A musicalidade de seus versos, a simplicidade de sua linguagem... 

Para uma menina tímida como eu, essas tais aventuras literárias representavam um desbravar de horizontes.

 

E era assim: Entre aulas de flauta doce e ética que descobri os cantinhos escondidos de uma biblioteca mágica que passei a visitar quase que diariamente.  

 

Reúno por essa coleção elementos deste período de nostalgia. Os poemas aqui reunidos refletem o romatismo e encantamento de descobrir palavras doces. O potencial de beleza que nelas há. O romantismo aqui não é frivolidade, é um reflexo do bem-querer ao outro, de ser ouvinte, de ser refúgio. 

 

Por isso as fitas, os laços e as mãos (inspiradas naqueles pregadores de papel antigos) permeiam essa coleção.

 

Mathilde evoca musicalidade, sentimento e esse gênero de romantismo.

Amor sempre,

Sofi Hirata.

05 jun 2024

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CAPÍTULO PRIMEIRO - COL. NÉVORA

Já sentiu cheiro de noite?

Um toque de breu, estrelas e luar. Cheiro de lânguida melancolia e reflexões revigorantes. Disso nasceu Névora, coleção dos sonhos e capítulo primeiro deste nosso Poemário.

 

Névora é a lembrança de que nada somos sem sonhar. 

Visto que o ato de aspirar o impossível faz nossos pés se moverem do lugar por caminhos bravios e desafiadores. Os quais nos propulsionam à novas trajetórias, novos vínculos, novas pessoas. 

 

A poética de Adélia Prado, sensível e transcendental, contempla um sonho sinestésico, uma dança graciosa e noturna. O azul em sua poesia é melancolia, é maciez de sentimento e palavra.

Azul é sonho.

Que reencontremos sonhos antigos

e nunca deixemos de sonhar,

Sofi Hirata.

06 out 2022

Fotografia Pinacoteca
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 O INÍCIO -  COL. PREFÁCIO

Tia Marilda, sempre atenciosa, trazia alegria quando chegava na pequena recepção do antigo consultório odontológico que meus pais alugavam no nosso bairro da zona norte. Me lembro de aguardar com expectativa as suas visitas, disfarçadas de aventuras, de histórias, de cheiros exóticos e imaginação. 

 

Sinto falta desse tipo de coisa hoje em dia. Das tias Marildas desse Brasil que abriam suas maletas aveludadas de jóias e vendiam lindas peças de ouro para presentear em batizados, aniversários e formaturas. 

 

Sinto falta da prosa da tarde, da companhia.

 

Não vemos mais isso hoje em dia nessas lojonas imponentes. Isso porque falta aventura, falta narrativa e falta aquele cuidado do olho-no-olho, da conversa jogada fora. 

 

Espero fazer da joalheria uma fonte instigante de poesia e aventura para as suas próprias histórias. Que venham os próximos capítulos!

 

Abraço apertado,

Sofi Hirata.

24 jun 2021

Fotografia Pinacoteca

DIÁRIO

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